Pioneiros do conhecimento científico

O Município de Vila Real de Santo António que integra desde 2008 a Rede de Museus do Algarve, depois de ter estado envolvido no projecto que uniu os museus do Algarve “Algarve – Do Reino à Região” dando origem à abertura de diversas exposições em 2010, volta agora a integrar o projecto conjunto “Pioneiros do conhecimento científico no Algarve” em curso até ao final de 2013. O projecto incide sobre a geração de intelectuais que, entre o último quartel do séc. XIX e a implantação da Republica, procuraram através do estudo da cultura popular esclarecer e fundamentar os contornos da identidade do país. Pretende-se proceder à identificação e estudo dos protagonistas implicados no conhecimento da região (percursos biográficos, obras, colecções); e à investigação sobre representações do Algarve e dos seus municípios, nos discursos da etnografia, arqueologia, história local e turismo.

Em 2012, três museus abriram exposições sobre figuras com legados relevantes para o conhecimento científico sobre o Algarve, em áreas como a etnografia, museologia e ciências do mar. Para o final de 2013 é esperada uma exposição itinerante conjunta em torno de figuras como Estácio da Veiga, Santos Rocha, José Formosinho, José Leite Vasconcelos, Ataíde de Oliveira ou Sande Vasconcelos.

Para além da componente expositiva foram publicados on-line, em http://museusdoalgarve.wordpress.com/, artigos em torno de figuras e temas ligados ao projecto. O Município de Vila Real de Santo António tem dois textos sobre os usos do popular e os estudos dos primeiros etnógrafos nos discursos de identidade do Algarve ao longo do séc. XX. Está já pronto “O Algarve e o turismo da região na «Revista de Turismo» (1916-1924)” [clique sobre o link] – uma análise ao olhar produzido sobre a região algarvia na primeira publicação periódica nacional a dedicar-se exclusivamente ao tema do turismo – e ficará disponível em breve “Representações do popular no postal ilustrado do Algarve”.

Exposições e textos pretendem ser um contributo para o aprofundamento da história recente do Algarve e para o conhecimento das primeiras aproximações das ciências sociais e humanas à região, determinantes na definição de discursos identitários e representações da cultura popular que ainda hoje prevalecem.

 

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