Exposições temáticas

2022

EXPOSIÇÃO “PRÁTICAS SITUADAS – UTILIDADES E PERSPECTIVAS ARTESANAIS”

Ao longo do seu primeiro ano de existência, a plataforma Origem Comum colaborou com vários artesãos e, em conjunto, foram revisitadas técnicas, formas e modelos ancestrais. Aplicando e repensando o conhecimento vernacular de um saber-fazer próprio de cada lugar, desta colaboração resultou uma colecção de objectos utilitários simples, destinados ao quotidiano contemporâneo.

Apresentam-se, nesta exposição, propostas concebidas com cinco materiais naturais, desenvolvidas em diferentes territórios do país. Uma série de curtos filmes oferece uma perspectiva única e crítica da visão individual dos artesãos sobre a sua arte, e da sua filosofia de trabalho e de vida.

http://www.origemcomum.com

Design e coordenação: Álbio Nascimento + Kathi Stertzig

Vídeos: Jorge Murteira

Artesãos: Alentejo Azul, António Luz, Alzira Neves, Hortense Domingos, Ricardo Lopes, Valentina Silva

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2021

EXPOSIÇÃO DE PRESÉPIOS

Colecções particulares de munícipes e da autoria de artesãos locais

PRESÉPIO ALGARVIO

Elaborado com a comunidade de Santa Rita

O Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela /CMVRSA voltou a armar o presépio algarvio com a participação dos habitantes da aldeia de Santa Rita. Recupera-se desta forma o costume Algarvio de, em Dezembro, se armar o presépio e o “altarinho” de cariz popular. Nas casas, em cima da cómoda, elevado ao centro em degraus, colocava-se o menino Jesus, cercado de searinhas, laranjas e outros frutos (figos, alfarrobas, romãs…), votos de pão e de prosperidade para a família.

Ao Presépio Algarvio associámos, este ano, uma exposição de presépios de colecções particulares do concelho de Vila Real de Santo António e de artesãos locais. Nesta exposição foi possível conhecer mais de 5 dezenas de presépios de várias regiões de Portugal e do mundo, concebidos a partir de materiais muito distintos (barro, madeira, pano, matérias vegetais, arame, papel, conchas…). Incluíu-se também cerca de um dezena de presépios de artesãos locais.

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EXPOSIÇÃO “OH MEU ALGARVE” SOBRE O POMAR TRADICIONAL DE SEQUEIRO

Esta exposição tem como objectivo contribuir para a valorização do Pomar de Sequeiro, elemento identificador da paisagem da região, num contexto em que se assiste à sua destruição progressiva, fruto do avanço de culturas intensivas de regadio.

A instalação artística, no espaço exterior do CIIP Cacela, alusiva ao Pomar de Sequeiro, suas árvores e outros elementos caracterizadores da biodiversidade associada, recriados a partir de materiais e técnicas tão diversos como o plástico, o crochet, a empreita, a madeira, a lã, o barro, resulta do trabalho conjunto das entidades parceiras que se associaram à Acaso: o Museu do Traje de São Brás de Alportel, a União de Freguesias de Faro, o Projecto Lado a Lado em Tavira e o CIIP Cacela/CMVRSA em Santa Rita, que mobilizaram as dezenas de senhoras que, com a orientação da artista, deram corpo às peças expostas.

No CIIP Cacela, contámos com a colaboração activa de cerca de uma dezena de senhoras que desde Outubro de 2020 se foram, ora juntando no CIIPC, ora trabalhando em suas casas, conforme as regras impostas pela pandemia.

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2020

EXPOSIÇÃO DE RUA “BOLSAS DE RETALHOS À PORTA”

Trabalhos de alunos do pré-escolar no âmbito de projecto educativo sobre as lendas no Algarve promovido pelo Grupo de Educação da Rede de Museus do Algarve

Biblioteca Municipal Vicente Campinas

Vila Real de Santo António, 8 a 31 de Janeiro

Nesta exposição dão-se a conhecer 16 lendas, representadas em trabalhos realizados por crianças dos jardins-de-infância de vários concelhos da região. Os trabalhos foram realizados no âmbito do projecto “Lendas e Encantamentos Algarvios” promovido pela Rede de Museus do Algarve que pretendeu valorizar o património oral do Algarve, nomeadamente as lendas algarvias, expressão patrimonial imaterial integrante da identidade regional.

As lendas estão intrinsecamente relacionadas com a História das regiões e a sua identidade cultural, sendo uma manifestação oral, transmitida de geração em geração, que combina factos reais com factos fantasiosos, mas que se apresenta como sendo verdadeira ou fundada na realidade, estando associada a um lugar e tempo determinados. O património oral é a expressão cultural de um povo e do seu modus vivendi, dando a conhecer o seu imaginário, cultura e tradições.

No âmbito do projecto de Educação para o Património: “Lendas e Encantamentos Algarvios”, cerca de 800 crianças, com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos, com o acompanhamento de cerca de 40 Educadoras, de jardins de Infância dos Concelhos de Loulé, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, foram desafiadas, depois de um momento de narração das lendas (na maior parte dos casos), a realizar um trabalho artístico sobre as mesmas, tendo uma caixa como ponto de partida.

Durante o mês de Janeiro a Biblioteca Municipal Vicente Campinas Vila Real de Santo António acolheu esta exposição itinerante que resulta de uma selecção dos muitos trabalhos realizados.

No concelho de Vila Real de Santo António este projecto foi dinamizado, no ano lectivo anterior, pelo Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela/CMVRSA no âmbito da oferta educativa do Município. Participaram crianças de jardins-de-infância e do 1º ciclo de Vila Nova de Cacela, Monte Gordo Vila Real de Santo António.

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2019

EXPOSIÇÃO DE RUA “BOLSAS DE RETALHOS À PORTA”

Coser uma bolsa de pano com retalhos ou um talego (como lhe chamam em algumas regiões) fazia parte do quotidiano das nossas avós. Faziam-no aproveitando sobras de tecidos, retalhos de roupas já sem uso, combinando cores, texturas e formas ao sabor da vontade e imaginação. Muitas bolsas eram alindadas no final com biquinhos, borlas e um cordão colorido. Não há por isso duas bolsas iguais. E cada uma conta a sua história: quem a fez, quando, a partir de que peças de roupa, e para que fins.

Os usos eram variados: guardar o pão, feijão ou grão, as ervas para o chá, transportar o comer quando se trabalhava no campo,…. Era comum as noivas levarem no enxoval uma ou duas bolsas, sempre úteis no novo lar.

Era também com estas bolsas que as crianças iam, pelos Santos e Finados (1 e 2 de Novembro), de porta em porta pedir pelos santos, pelas almas ou pelos defuntos, dizendo expressões como: Pão por Deus ou Bolinho, bolinho, pela alma do defuntinho. Recebiam no saco: bolinhos, figos secos, amêndoas, nozes,…

No CIIP Cacela, com o intuito de manter vivas estas tradições associadas ao Pão por Deus e assinalar este importante período do ciclo festivo dedicado ao culto dos antepassados, desafiou-se a comunidade local para a criação de bolsas de retalhos.

Nesta exposição de rua, mostram-se as bolsas criadas pelas cerca de duas dezenas de pessoas que semanalmente se juntaram no CIIPC desde meados de Setembro.

As bolsas distribuem-se pelas portas da aldeia e lembram os peditórios rituais, feitos pelas crianças, que marcam este período festivo.

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EXPOSIÇÃO “CERRO DOS BARROS. MEMÓRIAS DE UM LUGAR”

A exposição nas palavras do autor

“Há algum tempo atrás realizei vários percursos pelo local, desde há muito, conhecido por todos como “Cerro dos Barros”, próximo de Santa Rita, lugar de lendas e de encantos.

Destes percursos guardo alguns registos fotográficos de algo que se perdeu, e que com todos gostaria de partilhar.

Bem-vindos!” Ricardo Santa Rita

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2018

EXPOSIÇÃO “PROFISSÕES ANTIGAS DE CACELA”

No Algarve é ainda possível encontrar profissões que revelam uma profunda ligação ao território. No mar e na ria, pescadores com os seus barcos tradicionais e mariscadores apanhando bivalves, nos campos do barrocal e da serra, agricultores a trabalhar a terra e pastores com as suas cabras, mestres caleiros junto a antigos fornos de cal em zonas de calcário e, dispersos nos montes e aldeias, barbeiros, merceeiras, costureiras, empalhadores e cesteiros. São detentores de memórias e de antigos saberes-fazeres que conjugam um conhecimento profundo do meio natural, matérias e recursos disponíveis, dos ciclos astrais (influenciando sementeiras, colheitas, idas ao mar) com as necessidades dos seus habitantes.

Esta exposição resulta de trabalho de campo junto de 10 profissionais na zona de Cacela: agricultor, barbeiro, mestre caleiro, cesteiro, costureira, empalhador de cadeiras, merceeira, pastor, mariscador, pescador e calafate. Percursos de vida, heranças antigas, saberes, gestos e matérias que se registam para conhecer, lembrar e, quem sabe, inspirar novos caminhos…

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EXPOSIÇÃO “PÃOTRIMÓNIO”

Da cultura mediterrânica faz parte a tríade pão, azeite e vinho. É o pão que esta exposição pretendeu celebrar e promover. Pela sua história, pelo bem que nos faz, pela beleza das paisagens e gente que evoca, pelas pessoas que ainda o fazem!

A exposição, com textos em português e inglês, foi promovida pela Terras Dentro – Associação para o Desenvolvimento Integrado e copromovida pelo Turismo do Alentejo, E.R.T., ao abrigo do Projecto Qualificação do Pão Alentejano, ação de sensibilização aos consumidores sobre a temática do pão no âmbito do Alentejo – 2020.

Inaugurou no dia 17 de Fevereiro, Sábado, pelas 16h00 com conversa à roda do pão com a presença do responsável pelos conteúdos da exposição, Fernando Moital, e de conhecedoras das artes de amassar e cozer o pão, na nossa região.

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EXPOSIÇÃO “IDENTIDADE CULTURAL DA SERRA DO CALDEIRÃO”

O CIIP Cacela /CMVRSA acolheu a exposição “Identidade Cultural da Serra do Caldeirão” que resulta de um levantamento das actividades económicas e do património local da Serra do Caldeirão levado a cabo pela Associação In Loco.

O fio condutor da exposição é a rica e diversificada Identidade Cultural “Serrenha” assente nos saberes fazeres tradicionais na sua relação com o território. Cada painel caracteriza: vivências quotidianas, arquitectura vernácula, materiais de construção tradicionais, agricultura, cozinha tradicional,…

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2017

EXPOSIÇÃO “O POMAR TRADICIONAL DE SEQUEIRO”

Esteve aberta ao público, entre 17 de Outubro e 1 de Dezembro, no CIIP Cacela, em Santa Rita, a exposição “O Pomar Tradicional de Sequeiro”, concebida e cedida pela Câmara Municipal de Loulé.

O Pomar Tradicional de Sequeiro é uma das variantes dos sistemas agro-florestais do Mediterrâneo integrando na sua máxima expressão três componentes produtivas: a florestal, a agrícola e a pastoril. Figueiras, amendoeiras, alfarrobeiras e oliveiras constituem o tradicional pomar de sequeiro que se assume como elemento identificador da paisagem cultural algarvia.

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EXPOSIÇÃO “VIDA NO SAPAL DE CASTRO MARIM E VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO”

Sobre a exposição

A exposição apresentou um conjunto de cerca de 3 dezenas de fotografias sobre a vida na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António (RNSCMVRSA), nomeadamente as numerosas espécies de aves aquáticas que por lá passam, fazendo desta uma das áreas de maior interesse ornitológico do nosso país, legitimando o seu estatuto de zona húmida de importância internacional, que lhe é conferido pela Convenção de Ramsar. A “Vida no Sapal” é uma exposição inédita de uma reserva com o maior número de espécies de aves do país.

Sobre o fotógrafo

Agostinho Manuel Soromenho Gomes, natural de Castro Marim e residente em Vila Real de St. António, dedica-se, desde os anos 80, ao seu interesse pela avifauna da região do Baixo Guadiana. A sua paixão é agora traduzida nesta exposição, que surge como forma de sensibilização para a biodiversidade e necessidade de proteção das espécies existentes nesta área de importância internacional.

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EXPOSIÇÃO “DOCUMENTAR ALGARVE INTERIOR”

“Documentar Algarve Interior” é simultaneamente o nome do projeto e o mote para esta exposição que nos levou a relembrar algumas das tradições populares e práticas expressivas que ainda se mantêm vivas e fazem parte da memória e identidade coletiva do interior algarvio.

Através de fotografias e histórias em filme pretendeu-se ilustrar verbal e visualmente o património cultural (imaterial e material), os territórios e as suas gentes enquanto verdadeiros protagonistas deste trabalho.

O projeto Documentar Algarve Interior tem como objetivos contribuir para a valorização do Património Cultural Local e promover a dinâmica em torno das Atividades Criativas ligadas à produção audiovisual na região. Os conteúdos vídeo foram realizados em colaboração com talentos criativos (filmmakers) locais, entre os anos 2010-2015. Esta iniciativa da associação Algarve Film Commission teve o apoio financeiro do PRODER e incidiu sobre os concelhos de Albufeira, Alcoutim, Castro Marim, Faro, Loulé, São Brás de Alportel, Tavira e Vila Real de Santo António.

A Exposição “Documentar Algarve Interior” é composta por 30 (trinta) fotografias e 9 curtas-metragens documentais, cuja tipologia se aproxima do registo etnográfico. A sessão de exibição dos filmes, com imagens recolhidas nos territórios acima mencionados, tem a duração aproximada de 60 minutos e legendas em inglês.

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EXPOSIÇÃO OS “MAIOS” E AS TRADIÇÕES FESTIVAS DO INÍCIO DE MAIO

O primeiro dia de Maio é no Algarve dia de festa. Na região, a entrada no mês de Maio era assinalada com giestas penduradas nas portas para afastar o “Maio” (entidade maligna, personificação das forças negativas do Inverno). Logo pela manhã “atacava-se o Maio” comendo figos, ou bolo de figo, acompanhados por aguardente de medronho. Ao meio da manhã é ainda costume começarem-se a preparar os piqueniques familiares no campo, junto às ribeiras, onde não faltam os caracóis.

Em muitos lugares, ainda se fazem e colocam na rua, à porta das casas e ao longo das estradas, os Maios. Estes bonecos representando pessoas, em tamanho natural, cheios com palha, trapos, jornais amachucados e vestidos com roupa usada, são feitos pelas populações e acompanhados de reproduções de animais, objetos de uso comum, encenando actividades quotidianas, com dizeres a propósito em prosa ou verso.

Ainda está viva na memória dos mais velhos a tradição irem as moças para o campo apanhar flores, para enfeitar a casa e o trono onde era sentada a Maia, uma menina vestida de branco e embelezada com fitas e coroas flores.

Todas estas tradições festivas são reminiscências de costumes arcaicos ligados ao fim do Inverno e ao eclodir da Primavera. Assinalam a renovação natureza e simbolizavam o poder fecundante da vegetação que desabrocha.

Nesta exposição recordámos estas antigas tradições festivas e, para quem não teve oportunidade de visitar Santa Rita nos dia 30 de Abril ou 1 de Maio, mostrámos alguns dos Maios que saíram à rua nesses dias, concebidos com a população local a partir provérbios da nossa tradição oral.

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EXPOSIÇÃO “ALGARVE – SORTIDO RICO DE IMAGENS DE UMA ARQUITETURA EVANESCENTE”

Fotografias de Filipe da Palma

Sobre a exposição

“Uma arquitetura como reflexo de uma região, comportando ao longo de várias décadas, soluções variadas do viver e do sentir a paisagem. Testemunhos resilientes e ainda pulsantes nos interstícios do padronizado cimento, salpicando a região, constituindo-se em testemunhos de um Algarve multifacetado em suas formas, cores e texturas. A exposição concebida e aqui mostrada tem como objetivo mostrar essa rica diversidade de soluções cuja existência porque não interiorizada como património coletivo da região sofre um diário e indelével depauperamento. Por se constituir em breve mostruário de tão fecunda originalidade valerá enquanto sortido rico de imagens elucidativas da mesma.” (Filipe da Palma)

Sobre o fotógrafo

Filipe da Palma, São Brás de Alportel, 1971. Apaixonado pelo Algarve e fotógrafo há mais de 20 anos.

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EXPOSIÇÃO “O QUE EU VEJO DA MINHA CHAMINÉ”

A exposição resulta de um projecto da Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão ACASO e do seu Centro Comunitário Al-Hain, no âmbito do projecto Mar de Gerações, cujo objectivo fundamental foi a valorização do património local.

Esta exposição recria as chaminés de Olhão dando-lhes uma dimensão mais contemporânea, ligando o tradicional e o moderno, o passado e o presente. Para o efeito pediu-se a 10 Olhanenses a sua visão sobre a cidade, seus costumes, tradições, cenários, estilos e cores. A sua perspectiva única e singular é transposta de forma artística para chaminé que cada um criou, com a pergunta: Se eu fosse uma chaminé o que via? O que me inspirava? Ou o que me chamaria mais a atenção?

Nasceram desta forma 10 chaminés únicas, inspiradas nas chaminés cubistas de Olhão, construídas com materiais recicláveis e técnicas de fácil aplicação. As chaminés foram elaboradas no Atelier da ACASO e cada uma transporta a visão do artista sobre a cidade.

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2016

EXPOSIÇÃO “CANA E LUZ”

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EXPOSIÇÃO “OLARIA EM SANTA RITA. Objectos, usos e memórias”

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EXPOSIÇÃO DE BONECAS DE TRAPO “A ARTE DAS ALEGRIAS”

Feitas de trapos, lã, paus, barro, flores, as bonecas são intemporais, comuns a todas as geografias. Servem para trazer ao colo, para acarinhar, para vestir e despir, para imitar as coisas que as mães fazem. Servem hoje também para lembrar como era na infância, como se brincava com pouco aproveitando o que havia à mão.

Antes da era industrial, as bonecas eram feitas pelas mães, avós e tias que, com trapos velhos e imaginação, faziam as delícias das crianças. Hoje, vai-se à loja e compra-se uma. Recriar estes fazeres antigos, e construir uma boneca de trapos, foi o desafio lançado no início deste ano à comunidade próxima e a todos aqueles que, mesmo de mais longe, se quiseram lançar nesta aventura.

Viajaram até Santa Rita dezenas de bonecas, umas acabadas de fazer, outras tiradas dos baús, e também algumas das que já haviam sido expostas há 10 anos em Cacela Velha, mas todas saídas de mãos que, repetindo gestos antigos, se deixaram contagiar pelo imenso entusiasmo de criar algo de novo numa verdadeira arte das alegrias……

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EXPOSIÇÃO “CAIS DE EMBARQUE”

Em Maio de 2015, a Ovelha Negra_Colectivo foi convidada pelo Atelier Gráficos à Lapa para colaborar na concepção e design da exposição permanente, sinalética e zonas Lounge do Museu Nacional Ferroviário no Entroncamento. Um projecto que levou naturalmente a uma pesquisa profunda e a conversas com os técnicos do mundo ferroviário.

A colecção CAIS DE EMBARQUE, Impressões em Serigrafia e Jacto de Tinta a partir de elementos iconográficos do imaginário dos Caminhos de Ferro Portugueses, resulta de novo desafio do Museu Nacional Ferroviário, para uma exposição temporária, com a qual se pretendeu homenagear a todos aqueles que lançaram as primeiras linhas ferroviárias no território português.

O Centro de Investigação do Património de Cacela /CMVRSA recebe agora a colecção enriquecida com uma serigrafia e 3 impressões digitais alusivas a Vila Real de Santo António, no ano em que se assinala o 110º aniversário da chegada do comboio a Vila Real de Santo António.

SOBRE OVELHA NEGRA_COLECTIVO

Cacela_Lisboa_Londres

Nascida em 2015 vem desenvolvendo plataformas cruzadas de conceitos multimédia com base comercial e de investigação. Criamos experiências memoráveis com soluções do ‘Arco da Velha’. A vossa história é a nossa história.

Manuel Leitão, Tipógrafo e Serígrafo_Luís Miguel Castro, Designer e Artista Plástico_Paulo Moreira, Arquitecto de Interiores e Designer.

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EXPOSIÇÃO “PARA ALÉM DO BRANCO” de Filipe da Palma

Sobre a exposição

“O Algarve não é branco, o Algarve também é branco. Na expressa negação está contida a visão de um Algarve em cujas fachadas de uma determinada arquitectura se espelhava o ocupar e o sentir daqueles que a viviam. Algarve, território rico porque diverso, quer em seus naturais elementos quer na população que aqui vingou, desde cedo permeável no encontro com o outro, é ainda espelho de traços marcadamente individualizantes da região em relação às demais. Em uma tentativa de branquear a história, a frase O ALGARVE É BRANCO, corresponde a uma não verdade, a uma mentira que de tão propagada pelos mais diversos meios ao longo de décadas se encontra inculcada não dando lugar a uma realidade ainda tangível de existência policromática.” (Filipe da Palma)

Sobre o fotógrafo

Filipe da Palma, São Brás de Alportel, 1971. Apaixonado pelo Algarve e fotógrafo há mais de 20 anos.

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2015

EXPOSIÇÃO “COR” – Fotografias de Kärsti Stiege

Kärsti Stiege é fotógrafa, documentarista e autora sueca. A partir das suas viagens, publicou vários livros e realizou exposições sobre Marrocos, Tailândia, Estados Unidos da América, Portugal, Suécia, Índia, Afeganistão e Nepal.

Tem sido organizadora e produtora de programas educacionais, oficinas de arte e seminários em museus, centros culturais, centros de arte e escolas.

“As cores espetaculares e inspiradoras da Mãe Natureza fazem do mundo um lugar muito bonito para se viver. As várias tonalidades de azul do mar e do céu, o verde calmante das árvores e plantas, as paletes de cor do pôr-do-sol ou as 7 cores – vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, indigo e violeta – que criam o fenómeno do arco-íris.

As cores são como uma linguagem, respondem às nossas emoções, podem fazer-nos felizes, energéticos, calmos, frios, quentes, espirituais, tristes e algumas até têm poderes curativos.

Quando comecei a trabalhar como fotógrafa, adorava usar vários rolos a cores, mais tarde comecei a apreciar também fotografia a preto e branco. Hoje combino as duas dependendo do que quero dizer com as imagens.

As fotografias desta exposição são vislumbres do meu trabalho a cores de Portugal, Afeganistão, índia Marrocos e outros países.” Kärsti Stiege

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EXPOSIÇÃO AZUL + AMARELO = BRINQUEDOS VERDES

Inaugurou no Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela/CMVRSA, em Santa Rita, no dia 22 de Agosto, Sábado, pelas 18h, a Exposição “Azul + amarelo = brinquedos verdes” de Simão Bolívar.

O percurso de aprendizagem de Simão Bolívar é sobretudo autodidacta tendo começado muito cedo a ter contacto com ferramentas e materiais na oficina do pai que é bonecreiro de profissão. Aí desenvolveu a técnica e o gosto pela arte que hoje apresenta, construindo os seus primeiros objectos ainda na infância. Foi ainda jovem que participou em exposições colectivas na sua área de residência trabalhando, já nessa altura, com materiais reutilizados, base do que é o seu trabalho hoje. Entretanto prosseguiu os seus estudos académicos e foi após a conclusão da sua licenciatura em Geologia que voltou a dedicar-se, agora em exclusividade, ao projecto que hoje desenvolve e que tem o nome de “Simão Feito à Mão”.

Este projecto tem como base a reutilização de materiais, resíduos domésticos na maioria, como latas de conserva, refrigerante, cápsulas de café, rolhas, caixas de vinho, guarda-chuvas partidos, tampas de latas, etc. A escolha destes materiais dá ao projecto um carácter ambiental e é através deles que são construídos objectos lúdicos, alguns deles com referências directas ao brinquedo tradicional, outros que recriam traços culturais do país onde reside actualmente (Portugal). Outra característica fundamental é o facto dos brinquedos criados possuírem mecanismos que lhes conferem movimento sendo alguns destes objectos considerados autómatos.

É com este projecto que Simão Bolívar tem percorrido o País, participando em inúmeras feiras de artesanato, programas de televisão e entrevistas em revistas e jornais.

Para conhecer o trabalho de Simão Bolivar visite:

http://simaofeitoamao.blogspot.com/

https://www.facebook.com/simao.bolivar.94

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EXPOSIÇÃO “BIOCOS” de Joana Bandeira

Já ouviu falar do bioco? É por muitos considerado um trajo mítico e verdadeiramente popular no Algarve. Associam-no muitas vezes a Olhão por ter sido dos últimos lugares onde foi usado até aos anos 30 do séc. XX, mesmo depois da proibição do seu uso, por decreto pelo Governador Civil do Algarve em 1892.

Tratava-se de uma capa que cobria inteiramente quem a usava. A cabeça era oculta pelo próprio cabeção ou por um rebuço feito por qualquer xaile, lenço ou mantilha. Raul Brandão escreveu a propósito do bioco no seu livro “Os Pescadores”, em 1922: “Ainda há pouco tempo todas (as mulheres de Olhão) usavam cloques e bioco. O capote, muito amplo e atirado com elegância sobre a cabeça, tornava-as impenetráveis. É um trajo misterioso e atraente. Quando saem, de negro envoltas nos biocos, parecem fantasmas. Passam, olham-nos e não as vemos. Mas o lume do olhar, mais vivo no rebuço, tem outro realce… Desaparecem e deixam-nos cismáticos. ”

Um século depois Joana Bandeira, jovem artista natural de Olhão, “agarra” no bioco Algarvio, despe-o do seu tradicional preto e reveste-o com novas cores, tecidos, padrões e acessórios, numa espécie de ode (e homenagem cromática) a todas as mulheres que outrora a usaram. Nas suas palavras: “O bioco eleva-nos a outra panorâmica visual onde o misticismo da peça se junta ao impacto que ela cria: move-se sem se mover, olha-nos sem olhar, intimida-nos sem «sabermos».”

Na exposição contaremos ainda com um bioco tradicional cedido pelo Museu do Traje de São Brás de Alportel.

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EXPOSIÇÃO “AS CASAS DOS NOSSOS AVÓS”

Esteve patente na Biblioteca Municipal de Vila Real de Santo António, entre 1 a 15 de Junho, a exposição “As casas dos nossos avós”. Descobrir a arquitectura popular no concelho a partir de maquetes de casas recriadas por crianças do 1º ciclo no âmbito de projeto de educação patrimonial, foi a proposta desta exposição.

Compreender a importância da arquitectura popular no Algarve na sua relação com as pessoas, com os recursos do território e com a paisagem; perceber a importância da casa, enquanto elemento simbólico; alertar para uma paisagem em mutação; e estimular na criança o desejo de descoberta e exploração do território e da comunidade próxima através do contacto directo com o património e os seus detentores, foram alguns dos objetivos do projecto educativo “AS CASAS DOS NOSSOS AVÓS. A ARQUITECTURA POPULAR ALGARVIA” dinamizado pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, a partir do Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela, nos anos lectivos 2013/2014 e 2014/2015.

Ao longo de dois anos o projecto debruçou-se sobre a arquitectura popular algarvia. Começou com a apresentação de um diaporama em sala de aula, através do qual se pretendeu motivar alunos do 1º e 2º ciclo para o tema, discutindo questões várias: as diferentes expressões arquitectónicas dentro da região, suas características, relação da habitação com o território e a cultura local, organização dos diferentes elementos que constituem a habitação, dimensão simbólica da casa e em especial das chaminés e as platibandas ornamentadas.

Paralelamente, foram entregues fichas de levantamento (acompanhadas por um dicionário breve de termos e expressões arquitetónicas) que orientaram o trabalho de pesquisa que os alunos desenvolveram em torno de um imóvel à escolha na sua localidade.

Saídas de campo propiciaram ainda contacto com casas representativas da arquitectura popular algarvia, permitindo, a partir da leitura das suas fachadas, abordar questões relacionadas com materiais de construção, uso da cor, elementos funcionais e decorativos, e transformações recentes nas habitações e no urbanismo, em grande parte devido à vocação turística da região.

Por ultimo, em oficinas criativas, os alunos, tendo por base a investigação desenvolvida, puseram mãos à obra e recriaram – com caixas de cartão, cartolinas, canetas, lápis e muita criatividade – alguns dos exemplares mais significativos da arquitectura vernácula do concelho de Vila Real de Santo António. Uma forma divertida e engenhosa de conhecer melhor as casas do tempo dos nossos avós.

Organização

Câmara Municipal de Vila Real de Santo António

Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela

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EXPOSIÇÃO DE TRAPOLOGIA CONTEMPORÂNEA “ENTUSIASMOS”,de Teresa Patrício

Inaugurou no Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela/CMVRSA, em Santa Rita, no dia 7 de Fevereiro, Sábado, pelas 17h, ENTUSIASMOS – Exposição de Trapologia contemporânea de Teresa Patrício.

“As arquitecturas saem das mãos de Teresa Patrício, regresso lírico à paisagem anterior através do entrecruzar elaborado de tecidos monocromáticos. Simplicidade aparente. É como se olhássemos de repente na penumbra interior de uma casa, através da janela, num desses dias solares e víssemos o casario branco ou mediterrânico, Cacela ou a Córsega com o mar ao fundo. Como observava René Bertholo, «as pinturas mais silenciosas são as que têm menos contraste». Os quadros de Teresa possuem esse silêncio central.” (in Jorge Queiroz, Geografias Variáveis – Catálogo da exposição, CM Tavira, 2008.)

Teresa Patrício nasceu em Lisboa em 1951. Vive no Algarve desde 1981.

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2014

EXPOSIÇÃO “PIONEIROS DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO DO ALGARVE”

Vila Real de Santo António acolheu a exposição “Pioneiros do conhecimento científico do Algarve”. Produzida conjuntamente por dez museus pertencentes à Rede de Museus do Algarve, esteve desde Março em itinerância na região, abordando 11 figuras com legados relevantes para o conhecimento científico sobre esta região.

Depois de “Algarve – Do reino à região”, os museus algarvios voltaram a unir-se em torno do projecto comum “Pioneiros do conhecimento científico no Algarve”, o qual incide sobre um grupo de intelectuais que, entre o último quartel do séc. XIX e meados do século XX, procuraram esclarecer e fundamentar os contornos da identidade do país, através do estudo da cultura popular.

O leque de personalidades apresentadas vai de José Sande Vasconcelos a Estácio da Veiga, passando por José Leite de Vasconcelos, Santos Rocha, Ataíde Oliveira, José Formosinho, Estanco Louro, Pe. Manuel Madeira Clemente, Pe. Nunes da Glória, Pe. Semedo de Azevedo e João Grade, homens que se debruçaram sobre as comunidades locais, procurando-se revelar a forma pioneira como estudaram e registaram a paisagem social e cultural do Algarve.

Grande parte destes pioneiros, interessados nas “coisas do povo”, destacaram-se no panorama do fim do século XIX e inícios do século XX, período que se caracterizou pela crescente multiplicação de investigadores locais, expresso na proliferação de estudiosos, de trabalhos de âmbito regional e de museus.

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EXPOSIÇÃO DE ESCULTURA EM TERRACOTA “COSMOS” de Sara Navarro

Sara Navarro procura fazer uma ponte entre os processos mais remotos da produção cerâmica e a criação artística contemporânea. Privilegiando a relação entre a mão e a matéria, no sentido do ‘saber fazer’ artesanal, as suas terracotas, (re)criadas pela arte do fogo, transmitem algo de pré-histórico. Algo que evoca a arte e a cultura de outros tempos, de outros lugares, algo que nos desperta os ecos de uma terra antiga. Partindo de realidades perdidas, as formas que cria põem o tempo presente em comunicação com passados remotos. Pela transfiguração surgem modelos primordiais, reconhecíveis, mas carregados de novas simbologias. Artefactos com significados sempre múltiplos, com sentidos construídos e reconstruídos…

Sara Navarro, licenciada em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, desenvolve a sua atividade entre o ensino, a investigação e prática artística. Atualmente é bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do doutoramento em Belas-Artes “Escultura, Arqueologia e Museus: transfigurações e mediações contemporâneas” da Faculdade de Belas-Artes da Universidade Lisboa.

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2013

EXPOSIÇÃO “O LUGAR DO PRIMEIRO AMOR”, de Vanda Palma

No dia 29 de Novembro (6ª feira) pelas 18h30, inaugurou no Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela/CMVRSA, em Santa Rita, a exposição “O Lugar do Primeiro Amor. Estória da prima Joana do Monte da Lágrima e seu amado Sebastião do Lugar da Triste Lembrança” de Vanda Palma.
Um Alentejo profundo, de meados do século XX, onde um amor que não cumpre a tradição, é o cenário para a condenação de uma moça à má-língua e vergonha, mas também à superação, coragem e reinvenção.

Uma metáfora à passagem do tempo, que tudo cura, transforma e relativiza é o ambiente perfeito para contar esta quase trágica (e quase cómica) estória da prima Joana do monte da lagrima e seu amado Sebastião do lugar da triste lembrança, ou o lugar do primeiro amor.

Por detrás desta “estória”, materializada em cerâmica e em papel, está Vanda Palma, uma “alentejana” de Castro Verde, que criou as personagens, deu-lhes vida através da cerâmica (um conjunto de cerca de 30 peças únicas), e que – de tanta vida – saltaram de imediato para o papel, na edição de um livro com o mesmo nome.

A exposição esteve patente no CIIPC, Santa Rita até 10 de Janeiro de 2014 e pôde ser visitada de segunda a sexta-feira das 9.00 às 18.00.

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EXPOSIÇÃO “BICHOS. QUEM NOS OBSERVA DA PAISAGEM?”

Nesta exposição com ilustrações de Marta Santos, somos observados pelos bichos que habitam a nossa paisagem: o flamingo, o camaleão, o morcego, a libélula, o abelharuco, e muitos outros. Grasnam, chiam, zumbem, piam, coaxam… em alerta! Chamam a atenção para as profundas transformações dos seus habitats no Algarve e sua consequente vulnerabilidade. Como “bio-indicadores” revelam-nos a importância da conservação das zonas costeiras e dunares, das ribeiras e charcos, e espaços agrícolas da região.

Na exposição ouvimos alguns dos seus sons. Cada ilustração tem associada uma ficha de identificação da espécie com informações úteis para uma maior responsabilidade ambiental.

À exposição associaram-se duas oficinas, uma para adultos e outra para crianças e jovens .

Marta Santos

Arquitecta e ilustradora, tem dedicado o seu trabalho em torno de projectos de investigação e valorização da paisagem, património cultural e arquitectónico do Algarve.

Tem desenvolvido diversos projectos educativos e comunitários no âmbito das artes plásticas para grupos escolares, adultos e seniores.

Um dos seus últimos trabalhos ilustrados, o projecto escolar “Tia Anica de Loulé”, foi editado pela Câmara Municipal de Loulé.

Expo Bichos. Quem nos observa da paisagem

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EXPOSIÇÃO “SOUS LES PAVÉS, LA PLAGE… SOUS LA PLAGE UN AUTRE ALGARVE OU A RESILIÊNCIA DE UM ALGARVE OUTRO”,de Filipe da Palma

Exposição fotográfica de Filipe da Palma onde de baixo de areia da praia, dentro de vitrines de vidro, o visitante, descobre, afastando a areia numa espécie de exercício de arqueologia, registos fotográficos de um outro Algarve, de um Algarve antigo, que vai sobrevivendo a custo à destruição imposta nas últimas décadas pela indústria do turismo. Nas paredes, uma viagem por entre o mar e a terra de Cacela. Cacela que, nas palavras do fotógrafo, “surge como um sobranceiro esporão, e se por um lado nos cativa por um ciciar através da vista de balsâmicas paisagens, por outro afirma a um mesmo tempo com um murro na mesa – pela sua tangível existência e resiliência: Isto era o Algarve, foi isto que vós haveis perdido.”

Filipe da Palma (1971) estudou fotografia no AR.CO e trabalha actualmente como fotógrafo na C.M. de Portimão. O seu trabalho de recolha fotográfica do património no Algarve nos últimos vinte anos é um registo valioso da diversidade e riqueza cultural da região.

Expo_Filipe Palma

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EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA “LUZ SOBRE A RIA”

O Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela/CMVRSA acolheU a exposição “Luz sobre a ria”. Estiveram expostas fotografias de Cacela Velha e Ria Formosa de 20 fotógrafos do Grupo F/18.1 que se associou à ADRIP – Associação de Defesa, Reabilitação, Investigação e Promoção do Património Natural e Cultural de Cacela numa campanha solidária para angariação de fundos destinados à recuperação do “Golfinho”, uma embarcação tradicional de pesca artesanal. As fotografias expostas puderam ser adquiridas pelos visitantes revertendo o valor apurado para a recuperação da embarcação. Foram também aceites donativos.

Hoje conhecida por “Golfinho” esta lancha de madeira com mais de 20 anos e outrora usada na pesca de rede artesanal, é oriunda de Monte Gordo e representante da última geração destas embarcações. Destinada à demolição, foi doada à ADRIP para fins culturais.

A exposição esteve patente no CIIPC até 15 de Fevereiro e pôde ser visitada de segunda a sexta-feira das 9.00 às 12.30 e das 14.00 às 17.00.

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2012

EXPOSIÇÃO “SÍRIA” Com fotografias de Pedro Barros e textos de Álvaro Figueiredo

Exposição que convida a mergulhar na história milenar de um país de uma grande diversidade cultural, parte do chamado Crescente Fértil, onde as origens da agricultura e da vida sedentária se desenvolveram há cerca de 10.000 anos e onde mais tarde, a partir do V-IV milénios a. C., ao longo do vale do Eufrates, surgem as primeiras cidades e se dão os primeiros passos no desenvolvimento da escrita. A situação geográfica da Síria, entre a costa do Mediterrâneo, a ocidente, e o vale do Eufrates, a oriente, permitiu ainda o desenvolvimento, através dos séculos, das grandes rotas comerciais entre a Ásia e o mundo mediterrânico.

As imagens registadas pela objectiva de Pedro Barros convidam-nos ainda a viver a Síria presente, nas suas gentes e costumes, nas cidades árabes de Aleppo e Damasco, por entre edifícios com séculos de história mas ainda em utilização. No encanto do canto do muezzine que dos altos minaretes convida o crente para a oração. Ou ainda nos cafés, onde entre os aromas exóticos do café e tabaco e o borbulhar do fumo do narguileh (cachimbo d’água), ouvimos o contador de histórias a declamar os épicos de Alexandre ou do famoso herói Antar.

As fotografias são legendadas por pequenos textos explicativos, da autoria de Álvaro Figueiredo, especialista em Arqueologia do Próximo e Médio Oriente Antigo, e Língua Árabe.

Pedro Barros nasceu em Lisboa em 1975. Exerce actualmente a profissão de Arqueólogo na Direção-Geral do Património Cultural. Como fotógrafo tem no seu curriculum diversas exposições individuais.

Expo Síria

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BICHARADA DA SERRA, DO PINHAL, DO MONTADO E DO MAR

Corujas, ouriços e raposas na mata, morcegos nas grutas e lebres no montado, lontras nas ribeiras, ovelhas nos olivais, esquilos no pinhal, flamingos e pernas-longas no sapal, camaleões entre os piornos, atuns e sardinhas no mar,… são alguns dos muitos animais do Fundão, Marinha Grande, Montemor-o-Novo e Vila Real de Santo António – recriados pelas mãos das crianças que participam no Projeto “À Descoberta das 4 Cidades” – que se puderam descobrir na exposição que está patente no Centro Cultural António Aleixo em Vila Real de Santo António.

A ação educativa em curso (2010-2013) “Bicharada, Ervas & Companhia” –, que enquadra os trabalhos expostos, propõe aos alunos, professores e comunidade educativa a descoberta da fauna e da flora que caracteriza e identifica as paisagens dos 4 concelhos. Uma descoberta não só dos valores naturais e paisagísticos, mas também culturais, procurando compreender as relações antigas que o homem vem estabelecendo com a natureza.

Identificar e conhecer áreas naturais protegidas e de interesse ambiental; identificar e estudar a fauna e flora de cada concelho; identificar e registar práticas, saberes-fazeres, representações, expressões orais e artísticas que resultem das relações entre o homem e a natureza; motivar dinâmicas de exploração da natureza; e explorar a criatividade e a expressão artística no tratamento dos conteúdos recolhidos, são alguns dos objetivos desta ação educativa, com que se pretende aprofundar o conhecimento destas regiões e reforçar a geminação das 4 cidades.

A exposição abriu ao público no dia 11 de Março, por ocasião das comemorações da elevação a cidade do Fundão, Marinha Grande, Montemor-o-Novo e Vila Real de Santo António, e foi nesse mesmo dia visitada por mais das duas centenas de crianças dos 4 municípios. Foi com grande entusiasmo que redescobriram os animais que esculpiram e pintaram com recurso a diversas técnicas e materiais (esculturas com papel de jornal e cola, com elementos naturais, mosaicos com fragmentos de azulejos, pintura em vidro,…).

Expo_Bicharada

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“CASAS DE FOGO DO ALGARVE RURAL”

Esteve patente na Biblioteca Municipal de Vila Real de Santo António, durante o mês de Março, a exposição “Casas de fogo do Algarve rural” recriadas por crianças do 1º ciclo em oficinas, no âmbito do projeto educativo “O que comiam os nossos avós? A alimentação no Sotavento Algarvio” dinamizado pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António.

A cozinha, organizada em torno da chaminé, era geralmente a casa de entrada nas habitações rurais e lugar central no quotidiano da família. Aí, nas palavras do etnógrafo Benjamim Pereira “se faz o fogo, preparam os alimentos, as pessoas comem e reúnem nos tempos de pausa que marcam o ritmo do ciclo diário dos trabalhos. No desconforto geral das habitações do nosso arcaico mundo rural, era o lugar mais acolhedor e hospitaleiro.”

A “casa do fogo”, como lhe chamam no Algarve, era a divisão da casa onde os alimentos eram conservados e cozinhados, geralmente em panelas de barro ou ferro, no lume de chão. À roda do fogo juntava-se a família para a refeição, sentada em bancos ou cadeiras baixas de buinho ou tabua. Era também um espaço de convivialidade onde aos serões se partilhavam acontecimentos diários, estórias e contos do nosso imaginário popular.

Como eram antigamente as nossas cozinhas? Como que se cozinhava no lume de chão junto à chaminé? Como é que o fumo saía das casas? Que recipientes e utensílios se utilizavam na preparação dos alimentos e às refeições? Como e onde eram conservados os alimentos? São algumas das questões a que se procurou dar reposta nas Oficinas “Casas de Fogo” que a CMVRSA organizou, no CIIPC, no final de 2011.

Crianças de 3 turmas do 1º ciclo de Vila Nova de Cacela e Vila Real de Santo António envolvidas no projecto educativo “O que comiam os nossos avós? A alimentação no Sotavento Algarvio” foram desafiadas a criar miniaturas de antigas cozinhas da nossa região. Depois de uma sensibilização sobre as relações entre a alimentação e as formas do homem se relacionar com os recursos naturais e habitar o território, começaram por construir a estrutura das casas e de diferentes tipos de chaminé, passaram para as pinturas com pigmentos naturais da região, terminando com a modelagem e recorte do mobiliário, recipientes, utensílios e alimentos que integravam as antigas cozinhas. Uma forma divertida, engenhosa e criativa de ficar a conhecer melhor estas heranças materiais e imateriais ligadas à cozinha e alimentação.

Expo_casas de fogo

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2011

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA “CHAMINÉS E PLATIBANDAS DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO”

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2010

EXPOSIÇÃO DE PINTURA “DOMUS MARIS”,de Reynaldo Loyola

Inaugurou dia 28 de Julho, pelas 18h00, no Restaurante / Bar Casa Azul, em Cacela Velha, a Exposição de Pintura “Domus Maris” de Reynaldo Loyola.

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EXPOSIÇÃO “PLANTAS QUE CURAM. USOS E SABERES NA MEDICINA POPULAR”

A exposição debruçou-se sobre as antigas utilizações terapêuticas que as populações rurais têm vindo a desenvolver em torno das plantas. Gentes do campo e do mar acudiam a curandeiros ou a endireitas, em busca de benzeduras de afitos ou de nervos torcidos, dos quebrantos com maus-olhados ou das curas dos ouvidos, numa altura em que a crença era parte do remédio. A exposição recriou uma antiga ervanária com as várias ervas utilizadas para a preparação dos tratamentos, uma casa de fogo – o local onde muitas das mezinhas eram preparadas e aplicadas – e evocou os testemunhos recolhidos junto de ervanários, curandeiras e benzedeiras que ainda hoje detêm estes valiosos saberes.

A exposição nasceu na sequência do projecto educativo “Para que servem as plantas? Usos antigas da flora algarvia”, desenvolvido pelo CIIPC com a comunidade educativa do concelho entre 2008 e 2010.

Inaugurou em Abril, com a presença do ervanário Mestre Salgueiro, da benzedeira D. Tolentina Pereira e de outros elementos da comunidade local.

Expo_Plantas que curam

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2009

EXPOSIÇÃO “VESTÍGIOS DE UM PASSADO TROPICAL. OS FÓSSEIS DE CACELA”

A exposição, organizada pelo CIIPC em estreita colaboração com a Universidade do Algarve, pretendeu alertar a comunidade para a importância do Património Geológico do concelho de Vila Real de Santo António, designadamente da Jazida Fossilífera de Cacela Velha, onde se podem encontrar sedimentos que contêm o testemunho melhor preservado e mais completo do nosso país, em termos de abundância e diversidade de fósseis de moluscos provenientes de um período da História da Terra designado de Miocénico (7 a 9 milhões de anos).

Através de uma série de painéis explicativos e profundamente ilustrados, procurou-se perceber a formação geológica de Cacela, o ambiente, a ecologia e a paisagem do período em que se formaram os fósseis e as suas diferenças com o tempo actual. Fez-se uma breve incursão sobre a diversidade dos fósseis que se podem encontrar em Cacela, procurando compreender-se o processo de formação de um fóssil. Mostrou-se ainda, de uma forma didáctica, todo o trabalho desenvolvido pelos paleontólogos, alertando para a importância da protecção da geodiversidade. A exposição apresentava também uma projecção multimédia sobre a temática.

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EXPOSIÇÃO DE ARTE E MULTIMÉDIA “JARDIM DE SOMBRAS”

Exposição concebida pela dupla de artistas Carole Purnelle e Nuno Maya através da observação, extracção e manipulação das sombras da flora algarvia.

A junção das artes plásticas com a multimédia deram uma dimensão interactiva à exposição levando o público a criar e explorar obras efémeras, físicas e virtuais. Fotografia, vídeo e instalação foram postos em cena, acompanhados de um trabalho sonoro original.

No Jardim de Sombras foi dada toda a atenção à forma, movimento e intensidade de cada sombra, criando um espectáculo único de formas bidimensionais num espaço tridimensional. Puderam também descobrir-se os jardins mágicos criados por algumas crianças, com elementos recolhidos em pleno barrocal algarvio, durante um atelier de criatividade dinamizado em Santa Rita nas férias de Verão.

A exposição associou-se ao projecto educativo “Para que servem as plantas? Usos antigos da flora algarvia”, desenvolvido pelo CIIPC/CMVRSA.

Expo jardim de sombras

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“INTERACÇÕES ARTÍSTICAS COM O LUGAR”

O projecto de arte pública “Interacções Artísticas com o Lugar” da artística plástica Paula Reaes Pinto marcou durante o mês de Agosto duas zonas de Cacela Velha – uma nos viveiros da ria e outra no espaço do cemitério antigo. Todos os objectos desta instalação multimédia (vídeo-instalação, vídeo-animação, caixas com fotografias e depoimentos gravados de pessoas locais e escultura) nasceram da interacção com as pessoas de Cacela Velha, através de conversas, filmagens e fotografias realizadas durante as várias estadias que se prolongaram por quase dois anos.

O projecto partiu das dimensões social, política, económica, biofísica, geográfica, histórica, cultural e ecológica que caracterizam e determinam a vida em Cacela Velha e focou-se, em particular, nas actividades laborais relacionadas com o mar e com a ria. Pretendeu-se, desta forma, estimular a reflexão sobre a importância que estas actividades ancestrais, que o homem tem sabido manter com a terra, podem ter nas sociedades globalizantes actuais, de uma forma sustentável, e ainda testar o impacto dos lugares na realização de intervenções artísticas que interajam com populações locais marcadas por uma forte relação de dependência com os recursos naturais.

Esteve ainda patente um vídeo-animação realizado com as crianças da localidade, durante um workshop de animação stop-motion, orientado pelo artista António Pinto, cujo trabalho se situa no âmbito da arte ecológica, que teve o objectivo de sensibilizar os mais novos para a riqueza do meio onde vivem e para a criatividade enquanto modo de conhecimento.

Expo Interacções artísticas

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AS CRIATURAS – EXPOSIÇÃO DE ARTE E MULTIMÉDIA

Exposição de arte e multimédia da autoria de Carole Purnelle & Nuno Maya, desenvolvida para todo o público, que propôs a descoberta dos mundos paralelos imaginários que cruzamos no nosso quotidiano. Os artistas apresentam um conjunto de obras que vai desde a fotografia ao vídeo, da instalação física à virtual, do estático ao interactivo, tendo a multimédia um papel fundamental ao longo de toda a exposição. O espectador é mergulhado sucessivamente em universos habitados por criaturas imaginárias.

Plataformas interactivas ao dispor dos visitantes permitiram uma interacção entre o espaço real e o espaço virtual, podendo os mesmos criar criaturas, à semelhança das obras apresentadas pelos artistas, sendo depois enviadas on-line para o site da exposição: www.ascriaturas.com.

Os mais pequenos puderam brincar com as cores e as formas de elementos apanhados na natureza, inventando e criando as suas criaturas imaginárias, interactivamente no computador, ou numa grande escultura.

Estiveram também expostas criaturas imaginárias da Ria Formosa, criadas por outras crianças, com elementos apanhados nas praias (plásticos desgastados pelo sal, restos de rede, bóias, cordas, conchas, raízes…), durante um atelier de criatividade dinamizado pelo CUBO, Produções Criativas, no CIIPC durante as férias do Verão.

Expo As criaturas 2Expo As criaturas

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2008

EXPOSIÇÃO “CERÂMICAS ISLÂMICAS DE CACELA VELHA”

O espólio cerâmico do período almóada (1ª metade do séc. XIII) identificado num bairro residencial islâmico escavado em Cacela Velha, no sítio do Poço Antigo, a nascente da actual povoação, foi o ponto de partida para a exposição “Cerâmicas Islâmicas de Cacela Velha”. Estiveram expostos fragmentos de louça de cozinha com sinais de fogo (panelas e potes), louça de mesa (tigelas e tigelinhas com decoração vidrada) e alguns exemplares de recipientes de armazenamento e contentores de fogo.

Hoje estas cerâmicas não cumprem já as funções para as quais foram produzidas. Não são já objectos para usar, para cozinhar alimentos ou para armazenar água, mas falam-nos da “vida social dos grupos” revelada pelo seu “uso das coisas”. Graças ao trabalho dos arqueólogos que os resgataram do esquecimento, retirando-os debaixo de camadas de terra, estudando as argilas com que foram produzidos, as técnicas utilizadas, a decoração, estes fragmentos têm ainda muito para nos dizer: De onde veio a matéria-prima? Onde foram produzidos? Que significados encerram os motivos decorativos? Que funções cumpriam? Quem os utilizou? Quando deixaram de ser úteis? Estas questões orientaram as visitas guiadas ao público em geral e grupos escolares, tendo sido editado um Jornal da exposição com catálogo, informação histórica e actividades para miúdos e graúdos.

Jornal da exposição “Cerâmicas islâmicas de Cacela”

À exposição associou-se um Workshop de Cozinha Árabe com receitas antigas do al-Andalus, realizado em Cacela Velha (Restaurante/bar “Casa Azul”). A iniciativa pretendeu dar a conhecer os hábitos alimentares e as receitas que se associavam aos recipientes expostos (panelas, caçoilas, bilhas, jarros, tigelas…). Os participantes envolveram-se na confecção conjunta das receitas, tendo-se seguido um almoço para degustação das iguarias e visita acompanhada à exposição “Cerâmicas Islâmicas de Cacela” .

Expo cerâmicas islâmicas

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EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA “TÚMULO MEGALÍTICO DE SANTA RITA”

Revelou imagens do sítio aquando da sua identificação, aspectos dos trabalhos arqueológicos, perspectivas aéreas e enquadramento paisagístico, com o intuito de dar a conhecer à população e visitantes o recém identificado túmulo Megalítico de Santa Rita, bem como os trabalhos arqueológicos que aí se desenvolveram desde 2006.

Esteve patente no CIIPC, em Santa Rita, e no Centro Cultural António Aleixo, em Vila Real de Santo António.

Expo túmulo megalítico

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2007

EXPOSIÇÃO MULTIMÉDIA “AS CRIATURAS DA RIA FORMOSA”

Descobrir e criar Criaturas a partir dos lixos que dão à costa na ria, foi o desafio deste Workshop de Criatividade dinamizado pelo CUBO, Produções Criativas. A actividade começou com um percurso pela Ria Formosa, entre a Fábrica e Cacela Velha, onde as crianças envolvidas apanharam plásticos desgastados pelo sal, restos de rede, bóias, cordas, conchas, raízes… Já no Centro, os materiais foram seleccionados, fotografados e deu-se início ao processo de criação das Criaturas da Ria Formosa (manualmente ou interactivamente no computador). Nasceram assim, a partir de lixos e de elementos da natureza: polvos, caranguejos, ostras, peixes, galinhas de água, pássaros, camaleões, e outras criaturas da ria.

Estas criaturas da ria integraram a Exposição de Arte e Multimédia – AS CRIATURAS de Carole Purnelle & Nuno Maya.


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EXPOSIÇÃO “PATRIMÓNIOS DA NOSSA ÁGUA”

Como se elevava a água dos poços e rios? Como era conduzida para a rega de hortas e pomares? Que cultos e crenças permanecem ligados às fontes e poços?

Fontes, poços, noras, cisternas, represas e canhas são formas arquitectónicas que marcam e identificam, ainda hoje, a paisagem algarvia, em especial no barrocal. Testemunham a forma como o homem se relaciona com o território utilizando o seu engenho e arte no aproveitamento da água para a sua sobrevivência e actividades.

Hoje, percorrendo os campos, as aldeias e vilas, vamos encontrar estes valiosos elementos do nosso património, em situações diversas: abandonados, envoltos em densa vegetação; reformulados, tendo a força motriz e alguns dos materiais de construção sido substituídos; cuidados e utilizados na irrigação de hortas e pomares; e muitos associados ainda a lendas e a religiosidade popular.

A exposição deu a conhecer o riquíssimo património hidráulico da região, através de um grande roteiro, textos sobre os principais elementos da cultura material ligados à água, fotografias e aguarelas, assim como uma projecção multimédia sobre o tema. A informação apresentada foi recolhida e produzida pelo CIIPC e pelas escolas envolvidas na acção educativa “Patrimónios da Nossa Água” dinamizada no ano lectivo de 2006/07.

Expo Patrimónios da nossa água

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EXPOSIÇÃO “DA NATUREZA NASCEM AS CASAS: Um Contributo para a Educação Patrimonial”

Educar a brincar sobre as antigas técnicas de construção das suas habitações ou das dos seus avós, foi o objectivo da acção “Da Natureza Nascem as Casas: Um Contributo para a Educação Patrimonial”. Pretendeu-se desta forma alertar as crianças para as questões ligadas à preservação do nosso património construído, sensibilizando-as para a importância da salvaguarda e perpetuação das técnicas e materiais de construção tradicionais, e para o valor ecológico que representam. Promoveram-se assim não só as profissões associadas, como se possibilitou o contacto das crianças com as práticas tradicionais, mediante a construção de casas em escala reduzida.

A exposição deu a conhecer o Projecto MIRT, co-financiado pela Câmara Municipal de Albufeira e CCDR Algarve através do Programa Operacional do Algarve, e propôs:

Visitas guiadas com passagem de documentário e conversa

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2006

EXPOSIÇÃO DE ARQUEOZOOLOGIA “QUANDO OS OSSOS REVELAM HISTÓRIA”

Exposição de Arqueozoologia “Quando os ossos revelam história” da autoria de Marta Moreno, Carlos Pimenta e José P. Ruas, investigadores do Centro de Investigação em Paleoecologia Humana do antigo Instituto Português de Arqueologia. Uma exposição didáctica que ajuda a compreender o valor das informações contidas nos restos ósseos recuperados em grutas e abrigos, povoados antigos ou, insuspeitamente ocultos sob os nossos pés no subsolo das cidades.

Quando os ossos revelam História

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EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA “PATRIMÓNIOS DE CACELA”

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EXPOSIÇÃO DE ARQUEOZOOLOGIA “QUANDO OS OSSOS REVELAM HISTÓRIA”

Inaugurou no dia 29 de Setembro pelas 17.30 no Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela, na antiga escola primária de Santa Rita, a Exposição de Arqueozoologia “Quando os ossos revelam história” da autoria de Marta Moreno, Carlos Pimenta e José P. Ruas, investigadores do Centro de Investigação em Paleoecologia Humana do Instituto Português de Arqueologia.
Milhares de fragmentos ósseos recuperados em grutas e abrigos, povoados antigos ou, insuspeitamente ocultos sob os nossos pés no subsolo das cidades, são a matéria-prima de investigação da Arqueozoologia, a disciplina que se dedica ao seu estudo.
Que osso é? A que animal pertenceu? Se conseguirmos responder a estas perguntas descobrimos que existiram no nosso território animais diferentes dos actuais, ficamos a saber como foram explorados pelos nossos antepassados há 20.000 anos ou como muitos outros foram aqui introduzidos em tempos mais recentes.
Porém, as informações contidas nos ossos podem ir além da sua simples identificação: marcas de corte, vestígios de fogo, ou a presença de apenas alguns elementos do esqueleto representam, em cada contexto espacial e temporal, informações que os arqueozoólogos podem explorar, dando-nos a conhecer com outra profundidade a sua história após a morte.
A exposição estará patente no Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela na antiga escola primária em Santa Rita (pequena aldeia 4kms a Norte de Cacela Velha), durante o mês de Outubro e pôde ser visitada das 9.00 às 12.30 e das 14.00 às 17.00.

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